Alabardas

Alabardas

Estas armas, típicas da Idade do Bronze, apresentam-se do horizonte das Alabardas Atlânticas Peninsulares, com grande incidência na região de Macedo de Cavaleiros; 2 exemplares em Carrapatas; 4 exemplares em Vale Benfeito, 2 exemplares em Abreiro, já Concelho de Mirandela, outro exemplar em Vimioso, Alto das Pereiras e habitat das Baútas, esta na região de Lisboa. Outros exemplares foram descobertos em Espanha, considerados no mesmo horizonte, casos de ElArribanzo, Gerana, Laderón, Peñalosa, Cerro Benzalá e Manzanares [SENNA MARTINEZ: 1994:163-165]. Isto é, dos 17 exemplares conhecidos temos que, 41,2% se situam no concelho de Macedo de Cavaleiros.

Por estas razões, vai fazendo sentido, por omissão ou desconhecimento, em todas os análogos de sítios com gravuras estudadas nunca ter aparecido figurações de alabarda “tipo Carrapatas”, na sua temática.

É transversal nas reflexões que Marisa Ruiz-Galvez Priego faz em tomo da Idade do Bronze Peninsular, e aos fácies culturais estudados, (EIArgar, Bronze Valenciano, Cultura de las Motillas, Baixo Guadalquivir, Bronze de Campina, Bronze do Sudoeste, Meseta e início Cogotas I, áreas Atlântica e Noroeste), a existência, clara, na Península durante o final do III, todo o II como o primeiro quartel do primeiro milénio cal a. C, de duas etapas diferenciáveis, uma Primeira Idade do Bronze que surge nos substratos Calcolíticos de maior ou menor duração, segundo as diversas áreas e uma Segunda Idade do Bronze ou Bronze Final, hoje entendida, tal como as restantes etapas da Pré-História Recente Peninsular, na pluralidade das suas expressões regionais [Senna-Martinez:2002].

É dentro da Primeira Idade do Bronze que se localiza a emergência de uma expressão simbólica das armas (alabardas, punhais, machados, espadas etc.) numa temática marcadamente andriarcal que substitui a temática feminina “Deusa Mãe” Neolítica.